1. Na sua opinião, qual a importância do movimento sindical na sociedade brasileira?
Desde as primeiras civilizações, visualiza-se a importância de está organizado, em grupos e juntos, para buscar transformações. Para mim, o movimento sindical é extremamente importante, porque independente da área, valoriza e dar a devida atenção aos trabalhadores, principalmente, para aqueles que não têm conhecimento dos seus direitos e deveres. É importante também a parceria com as demais categorias através do seu sindicato representativo.
2. Há quanto tempo você atua no Sintep?
Eu estou há 11 anos no sindicato, não entrei em busca de estabilidade e nem por causa de dinheiro. Entrei com o único interesse de lutar e defender os direitos dos trabalhadores e a melhoria das condições de trabalho. Já participei de quatro gestões, atuando na Secretaria de Saúde do Trabalhador, na Secretaria de Formação Política, fui Vice-Presidente, Presidente na última gestão e atualmente estou tentando a reeleição.
3. Para você, o que o Sintep representa?
É um órgão representativo, que busca os direitos dos trabalhadores e o seu reconhecimento. Considero um sindicato forte e respeitado, porque participa da CONTEE (Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) e também é filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
4. Nacionalmente, como o Sintep-AL é visto pelas demais instituições, a exemplo, da FETEE-NE e CONTEE?
Somos um sindicato pequeno, mas com grande potencial, além de ser combativo. Durante esses 11 anos fez muito mais que muitos sindicatos com infra-estrutura melhor e que existe a mais de 40 anos na defesa dos trabalhadores em escolas. O SINTEP é respeitado tanto a nível local como nacional.
5. Na sua opinião, quais as conquistas marcantes da categoria?
A manutenção dos direitos em convenções coletivas, como a garantia de 40% de desconto de associados e dependentes nas mensalidades do Ensino Básico; o desconto de 50% nas mensalidades para funcionários que trabalham em instituições de nível superior e 25% para aqueles que estudam na área da saúde; o ato em frente ao CESMAC contra as demissões em massa em 2005; a defesa dos funcionários na área de segurança escolar que estavam sendo utilizados como segurança de patrimônio, sem qualquer proteção e exposto à sua própria insegurança; o ato na Câmara Municipal contra as demissões sem direito trabalhista dos funcionários, que atuavam no Colégio Crispiniano Portal, a administração era do vereador na época, o Sr. Dau Tenório; a conquista da sede própria; dentre outros.
6. Você foi a primeira mulher no comando do Sintep. Existe preconceito com mulheres em cargos de liderança nos sindicatos?
Sim, por mais que se queira dizer que não, os homens não toleram ter uma mulher na administração geral. Isso ainda ocorre em vários setores, principalmente, em relação a uma dirigente sindical onde a maioria dos homens, de forma discreta, mostra que ainda vivemos numa sociedade totalmente machista e preconceituosa.
7. Quais foram as principais dificuldades enfrentadas na gestão “Lutar e Vencer” (2007-2010)?
Basicamente a disputa de poder de alguns diretores que causaram transtornos internos e contribuíram para fortalecer o patronato. Dentre as perdas que posso destacar estão: a retirada de 20% do desconto nas mensalidades para os associados no Ensino Superior, o percentual de 4% de reposição salarial de 2009, quando o ideal era pelo INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor) era de 6.25%; o intervalo interjornadas e intrajornadas, onde os trabalhadores têm dois turnos de trabalhos e um pequeno período de descanso (ex: trabalha pela manhã e à noite no mesmo local); e também a aprovação do banco de horas dos trabalhadores nas instituições de nível superior.
8. Agora, você busca a reeleição com a chapa “O Sintep é dos trabalhadores”, quais são as suas prioridades?
Ainda temos muito que conquistar e mostrar o meu trabalho. Quero organizar a infra-estrutura da nossa sede, para permitir um melhor conforto tanto para os funcionários como os associados e visitantes. Implantar um plano de saúde para nossos associados, pois tem muitas instituições que não disponibiliza. Buscar a equiparação salarial , fazer valer um plano de cargos de carreira e salário. E principalmente, ampliar nossa base e o campo de atuação; conquistando novos associados e continuar na defesa dos trabalhadores em educação; além de desenvolver atividades de formação e de lazer com a categoria.